A Fisioterapia na Incontinência Fecal

A Fisioterapia na Incontinência Fecal

A incontinência fecal (IF) é definida como a perda involuntária de matéria fecal que podem ser líquidas, sólidas ou gasosas, sendo marcada pela incapacidade de manter o controlo fisiológico do conteúdo intestinal em local e tempo socialmente adequados. Apesar de a causa ser na maioria das vezes de disfunção da musculatura anorretal, também pode advir de alterações das propriedades viscoelásticas do reservatório retal.

É uma doença bastante incapacitante que afeta, geralmente, o equilíbrio emocional, social e psicológico do paciente por embaraço social, condicionando a sua vida quotidiana e significativamente a qualidade de vida.

Existem vários mecanismos que contribuem para a normal continência fecal: a motilidade intestinal, o volume e a consistência das fezes, nível de consciência mental, tónus da musculatura perianal e enervação neuronal (Rau SS. Gastrenterol, 2004 in Rev Port Coloproct, Guidelines, 2010). Consoante a origem dos problemas e da fisiopatologia, podemos classificar IF de origem anal ou retal.

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Atletas de alta competição têm risco 3 vezes superior de desenvolver incontinência urinária

Atletas de alta competição têm risco 3 vezes superior de desenvolver incontinência urinária

O estudo “Effects of physical exercise on the pelvic floor and its relevance for the urinary incontinence” desenvolvido na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto determinou que atletas femininas de alta competição têm o triplo de probabilidade de ter incontinência urinária, quando comparadas com que aquelas que não praticam desporto, particularmente se se tratar de um desporto de alto impacto.

Para a realização deste estudo, foram avaliadas atletas de 26 modalidades, individuais e coletivas. Segundo a principal investigadora deste trabalho, a fisioterapeuta Alice Carvalhais, os dados foram recolhidos através de questionários a 372 atletas de alta competição, sendo que algumas se encontravam em períodos de estágios e ou de competição. Para controlo foram avaliadas 372 mulheres que não praticavam desporto (ou que praticavam, no máximo, duas vezes por semana).

Este estudo terá uma 2ª parte (que já se encontra em fase de recolha de dados, tendo já sido avaliadas 46 mulheres) onde se tentará perceber se existe inter-relação entre diferentes estruturas anatómicas que delimitam a cavidade abdomino-pélvica em mulheres continentes e naquelas que possuem algum grau de incontinência urinária, de forma a verificar o impacto que o nível de atividade física pode ter nesses parâmetros.

Fonte: in Jornal Público (página online)

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